segunda-feira, 30 de maio de 2016

Primeira etapa do Nordeste Poker Series foi encerrada, em Fortaleza. Entre os destaques do torneio, mesas só para mulheres


A primeira etapa do Nordeste Poker Series aconteceu em Fortaleza, no Ceará, de 26 a 29 de maio. O evento foi sucesso, mas o destaque foi para a participação feminina, que ganhou mesas só para a mulherada. E, não duvide: eram as mais divertidas!! Confira!!


Papo de jogo


Semblantes sérios, olhares escondidos por óculos escuros e uma conversa que, para quem não entende muito do jogo, não faz muito sentido. “Tu tava trincada?”, “Vi pelos flops”, “Passa o botão do daeler” eram algumas frases que, a cada mão, iam ditando o ritmo da partida - parecida com qualquer uma que acontecia ontem, no dia final do Nordeste Poker Series (NPS), no Marina Park Hotel. A diferença é que as duas mesas todas formadas por mulheres, na categoria Ladies, tinha um quê a mais de cor e parecia mais divertida.




O evento, a primeira etapa do NPS que ainda passa por Natal e São Luiz e volta em dezembro a Fortaleza, é tido como o maior já realizado no Ceará. A principal categoria é o Main Event, que teve 544 inscrições e garantiu a premiação de mais de R$ 200 mil para as demais. O NPS aconteceu entre o dia 26 e ontem e ainda era composta por torneiro paralelos. Entre eles, o Ladies Only, em que jogam apenas mulheres e que recebeu 16 inscrições.






Só a mulherada

“Como em vários esportes, o número de homens no pôquer é maior. Mas a presença das mulheres é algo que cresce constantemente. Há quatro anos, a gente não via mulheres no salão. Hoje, tem mulher e jogando”, comenta Bruno Foster, organizador do NPS, jogador profissional de pôquer e único brasileiro a chegar à mesa final do campeonato mundial em Las Vegas (EUA).

Jogadora de pôquer há dez anos, a publicitária Camila Lins, 33, era das mais concentradas à mesa. Sorridente e falante antes, de fones de ouvido e óculos escuros, Camila se mantinha insondável. Era parte da estratégia. “Não jogo com as cartas, jogo com as pessoas. Sou agressiva e cada estratégia depende da mesa, mas o que não muda é que pôquer é habilidade”, define ela.

E para medir as habilidades, Camila tinha como uma das principais oponentes a administradora piauense Paulinha Costa, 30, que está no topo do circuito feminino cearense do esporte. “Mulher em mesa de pôquer ainda sofre um pouco de preconceito. O homem olha, sente que é superior e tenta assustar. Muitas vezes eu sou o alvo. Mas o poder da mulher está no blefe”.

Cada mesa podia durar até 10 horas seguidas, o que impediu, por exemplo, de saber do resultado final até o fim desta edição. O que pode parecer uma maratona, para Paulinha, é prazer. “Eu gosto, nem vejo o tempo passar”, garante.

Confira mais alguns clickes do evento!!








Da Redação CN

Copyright © 2015 Revista Conexão Nordeste
| Distributed By Gooyaabi Templates