terça-feira, 3 de maio de 2011

Força do sisal baiano atrai filial da fábrica da Petrofisa para a Bahia. Na Ásia, as fibras naturais já são bastante utilizadas na produção de tubos e conexões. Saiba mais!

Em reunião nesta segunda-feira (2 de maio), na Secretaria de Ciência Tecnologia e Inovação do Estado da Bahia (SICM), diretores da Petrofisa, produtora de tubos PRFV (Poliéster Reforçado com Fibra de Vidro), anunciaram que a empresa escolheu a Bahia para implantar ainda este ano uma nova planta da fábrica, devido à grande demanda gerada pelo estado. Além disso, pretende utilizar a fibra de sisal na sua linha de produtos.
O principal acionista da fábrica - que vende 40% da sua produção para o mercado do Nordeste - Carlos Lobato, e o diretor comercial, João Trivelato, receberam informações sobre a fibra do sisal e a capacidade produtiva dos 40 municípios do semiárido baianos produtores do sisal.
Em dois anos, a Embasa comprou 200 quilômetros de tubos da Petrofisa para implantar o sistema de água em cidades do interior. Lobato enxerga com grande possibilidade a utilização do sisal na sua linha de produtos nas placas refletoras  produzidas pela empresa para estação de tratamento de esgoto. “Mas isso é só o começo. Na Ásia, as fibras naturais já são bastante utilizadas na produção de tubos e conexões”.
Segundo o secretário Paulo Câmera, este é mais um esforço do Governo do Estado, por meio da Secti, em desenvolver a região do semiárido, que tem a cultura do sisal como principal fonte de renda de cerca de 700 mil pessoas, em mais de 260 mil hectares de plantações.
Ele destacou a importância da pesquisa para aumentar as possibilidades da utilização do sisal. “Precisamos avançar ainda mais na pesquisa do produto e também aproveitar, além da fibra, a mucilagem e o suco. Estamos trabalhando neste sentido. Já financiamos, por meio da Fundação de Apoio à Pesquisa do Estado (Fapesb), 44 pesquisas em torno deste assunto. A ideia agora é apoiar o Cimatec na finalização de mais uma pesquisa, que inclui a fibra do sisal em matriz de polipropileno. Alguns testes estão em fase de aplicação para uso na formulação de móveis, artefatos como painéis para a indústria automotiva, peças para aparelhos eletrodomésticos, contêineres e outro”.
Participaram ainda da reunião, o senador Walter Pinheiro, os prefeitos de Valente, Ubaldino Amaral de Oliveira, e de Santa Luz, Joselito Carneiro, o diretor executivo da Associação de Desenvolvimento Sustentável Solidário da Região Sisaleira (Apaeb), Ismael Ferreira, além assessores da SICM e Secti. A próxima etapa para concretização da iniciativa é uma reunião técnica entre os engenheiros da Petrofisa, técnicos do Cimatec e Secti para aprofundamento do tema.
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